Perguntas Frequentes
Eutrofização é o aumento da produção biológica em ambientes aquáticos ocasionada pelo incremento na concentração de nutrientes como fósforo e nitrogênio. A eutrofização pode resultar no aumento visível de algas como cianobactérias tóxicas ou proliferação de outras algas ou ainda infestação de plantas aquáticas flutuantes ou submersas. Concentrações de PO4 acima de 0,03 mg/L são suficientes para causar a proliferação de cianobactérias. A degradação de matéria orgânica pode levar ao declínio de oxigênio na água, o qual por sua vez causa problemas secundários, como mortandade de peixes e liberação de substâncias tóxicas ou fosfatos do fundo, anteriormente ligados ao sedimento quando oxigenado. A liberação de fósforo do sedimento acelera o processo de eutrofização. Alguns lagos são naturalmente eutróficos, mas em muitos outros casos, o excesso de nutrientes é proveniente de (a) origem antropogênica, como despejo efluentes domésticos; (b) efluentes industriais; (3) lixiviação e carreamento de fertilizantes ou estrume em áreas de agricultura. Este aumento na concentração de nutrientes degrada seriamente o ecossistema aquático e compromete o uso da água para abastecimento público, industrial, pesca, aqüicultura e recreação.
O produto é comercializado em pacotes (25kg), podendo ser facilmente carregados em um barco a motor ou balsa. Uma vez carregado para aplicação, o produto é diluído na água do próprio lago e lançado homogeneamente sobre a superfície da água de acordo com a dose pré-estabelecida. Phoslock pode ser aplicado também das margens utilizando um borrifador ou até mesmo manualmente para a aplicação em pequenos corpos da água. Após aplicação, a água se torna leitosa por poucas horas, até que Phoslock decante sobre o sedimento.
A dose a ser aplicada varia para cada corpo aquático, pois depende diretamente da concentração de fósforo na água. Além disso, para o tratamento de grandes corpos da água é necessário avaliar também a concentração de fósforo no sedimento, histórico de qualidade da água e florações, características da bacia (geomorfologia, influxos de nutrientes), etc.
Para grandes corpos da água, Phoslock pode ser aplicado em uma dose de 100:1. Isto é, aplica-se 100 g de Phoslock para remover 1 g de fósforo reativo dissolvido (FRD). Para aplicações menores, pode ser aplicada uma dose maior de 200 mg/L, assumindo que haja aproximadamente 2 mg/L do fósforo total no corpo aquático.
Para adiantar a solicitação de cotação informe o local do corpo aquático a ser tratado, uso do sistema (abastecimento, ornamentação, criação de peixes, etc.), concentração de fosfatos na água (se possível), volume, área e forneça fotos atuais.
Além de remover o fósforo disponível no corpo aquático, Phoslock pode causar a sedimentação das cianobactérias imediatamente após a aplicação. Dados de reservatórios e lagos onde foi aplicado Phoslock indicam uma redução imediata das cianobactérias. As algas sedimentadas podem eventualmente serem ressuspendidas pela ação do vento para a coluna de água, porém, devido à falta de nutriente disponível na massa da água acabam tendo sua reprodução interrompida. Já em reservatórios profundos, as cianobactérias sedimentadas não conseguem sobreviver, pois além de não haver luz suficiente seus vacúolos gasosos não resistem à pressão da coluna da água.
A proliferação de cianobactérias está relacionada à vantagem competitiva que elas exercem sobre outros grupos de fitoplâncton quando há excesso de fósforo disponível na água. Phoslock ao remover o fósforo inorgânico solúvel (PO4) retira o principal nutriente para o crescimento das cianobactérias. Como resultado, ocorre um aumento na proporção N:P na medida em que o fósforo é reduzido. O efeito disso é uma redução significativa das cianobactérias associada ao processo de reversão da eutrofização. Conseqüentemente, a ocorrência e acúmulo de cianotoxinas na água são reduzidos.
Informações sobre a qualidade da água em reservatórios antes e depois da aplicação de Phoslock mostram que a redução das cianobactérias ocorre devido à alteração da proporção N:P. Portanto, Phoslock ao imobilizar fosfatos (FRD) na coluna da água, água intersticial e sedimento torna a concentração de fósforo limitante para o crescimento e proliferação das cianobactérias.
O nitrogênio e o fósforo são os nutrientes fundamentais para o crescimento do fitoplâncton (incluindo cianobactérias). Controlar a concentração de nitrogênio é um processo caro, pois requer muita energia, custos químicos e equipamento especializado. Certos microorganismos, incluindo cianobactérias, são aptos a fixar o nitrogênio atmosférico.
O fósforo é um requisito essencial para a vida, pois é um componente dos ácidos nucléicos, responsável pela síntese protéica e transporte intracelular. Dentre os macro nutrientes, o fósforo está presente nas células em quantidades menores, o que faz com que seja o nutriente estequiometricamente limitante. Por isso, reduzir a concentração de fósforo é o modo masi eficaz de reverter processo de eutrofização e controlar o crescimento do fitoplâncton, particularmente de cianobactérias.
Um nutriente é considerado limitante quando sua concentração no sistema é insuficiente para sustentar o crescimento das algas. No caso do fósforo, ele é o nutriente que existe em menores quantidades nas células em relação aos outros macronutrientes como nitrogênio e carbono. Portanto, ele é o elemento estequiometricamente limitante. Além disso, o fósforo é o único que em seu ciclo biogequímico não ocorre na forma gasosa no sistema aquático, diferentemente do nitrogênio e do carbono que também provem da atmosfera. Por isto torna-se mais fácil controlar sua concentração no meio em relação aos demais.
Phoslock é uma opção inovadora, atóxica, capaz de solucionar problemas de eutrofização permanentemente e controlar florações de algas tóxicas (cianobactérias). Phoslock foi inventado pela organização científica de maior prestígio na Austrália, a CSIRO, após 10 anos de pesquisa. Phoslock quando aplicado num corpo da água, remove o fosfato solúvel (PO4) que é o principal nutriente de cianobactérias e, após a aplicação, o produto continua capturando influxos de fosfato que são liberados naturalmente pelo sedimento.
Phoslock não possui desvantagens como outros métodos tradicionais. É o único produto ambientalmente seguro e eficiente existente na atualidade, capaz de devolver condições de equilíbrio ambiental a um ambiente aquático degradados. As características e vantagens são listadas em nossa página SOBRE O PHOSLOCK.
O controle permanente de florações algais é uma tarefa difícil para gerentes de reservatórios e outros mananciais. Apesar dos vários métodos existentes para controlar florações, existem muitas restrições associadas às suas aplicações, por exemplo:
• Drenagem do sistema: apesar de remover fósforo e outros nutrientes da água, esta opção afeta toda a fauna aquática e pode ser um grande desperdício de água. Além disso, e mais importante, de nada adianta drenar o sistema se a fonte de eutrofização interna que provém sedimento não for controlada.
• Dragagem do sedimento: esta é uma remediação muitas vezes necessária, pois permite remover o excesso de matéria orgânica particulada e nutrientes acumulados no fundo que se tornariam disponíveis para a massa da água a médio e longo prazo. Além disso, possibilita aumentar o volume de corpos hídricos que se encontram muito assoreados. No entanto, existe uma série de questões relevantes que envolvem a aplicação desta técnica. A primeira e muito crítica é que a remoção do sedimento causa alterações severas na qualidade uma vez que ressuspende matéria orgânica particulada e dissolvida, causando turbidez, florações de algas e eventuais mortandades de peixes. A segunda é que a dragagem afeta diretamente a comunidade bentônica ao remover o sedimento. E por fim, vale ressaltar que a dragagem remove apenas uma parcela do estoque fósforo acumulado no sedimento. Nutrientes solúveis permanecem no sistema. Sendo assim, este método é eficiente para remover o excesso de lodo e particulados que futuramente poderiam se solubilizar. Mas não garante que condições de eutrofização sejam revertidas. Em função destas questões, é necessário que seja realizado um tratamento imediato posterior ou durante a dragagem para imobilizar todo o fosforo solúvel disponibilizado durante o processo, evitando assim florações e mortandades de peixes. A combinação de dragagem e aplicação de Phoslock já foi testada por pesquisadores na atualidade e vem sendo empregada com sucesso para a recuperação de muitos ambientes aquáticos.
• Mistura artificial (desestratificação artificial): realizado através da agitação da coluna da água com aeradores de fundo. O efeito das bolhas produz turbulência, quebrando a estratificação termal com o objetivo também de oxigenar o fundo para reduzir a liberação de nutrientes do sedimento. Porém esta opção, além de cara, não é efetiva para controlar florações.
• Minimizar a entrada de nutrientes. Estas medidas são efetivas para controlar fontes pontuais de nutrientes. Embora tais medidas sejam fundamentais para evitar que o corpo da água receba grandes cargas pontuais de fósforo, há também fontes difusas, as quais podem também estar influenciando diretamente a trofia do sistema e são mais difíceis de controlar. A questão é que mesmo removendo fontes pontuais e difusas, a recuperação natural do sistema é um processo lento e geralmente incompleto. Dependendo do grau de eutrofizaçao podem se passar mais de 50 anos e não haver melhora significativa na qualidade da água do sistema.
• Remoção física das algas ou restrição da luz incidente sobre a superfície da água. Esses métodos promovem soluções temporárias e de pouca eficiência. Além disso, são impraticáveis, particularmente em corpos da água com grandes dimensões (lagos e reservatórios).
• Aplicação de algicida ou cloração: são medidas com resultados imediatos, porém insustentáveis. Pois após eliminar as florações, o fósforo intracelular é liberado para a massa da água e passa a estar disponível para uma próxima floração de algas. Além disso, tanto aplicações de algicida quanto de cloro, por provocar a lise das células, fazem com que as toxinas intracelulares sejam liberadas de uma só vez para o ambiente. Isto aumenta a concentração de toxinas no sistema muito rapidamente provocando danos imediatos aos organismos aquáticos e prejudicando o abastecimento. Há também o risco ambiental agregado ao uso de algicidas na natureza. No Brasil, há severas restrições a aplicação destes métodos justamente devido ao seu alto potencial de impactos.
• Tratamento com químicos (Al & Fe), embora pareça um método comum e barato, não evita que o fósforo seja reciclado por bactérias, fazendo com que o re-tratamento se torne necessário. Para alcançar níveis bastante baixos de fósforo, característicos de uma água de boa qualidade, são necessárias grandes doses de químicos. Isto, além de acidificar água e afetar toda a fauna aquática, resulta na formação de lodo, o qual é prejudicial aos organismos bentônicos. O lodo é instável sob pequenas variações de pH e potencial Redox, resultando em compostos secundários tóxicos inclusive a seres humanos. A remoção deste lodo, como explicado acima, é muito cara e altamente impactante.
Produção de toxicidade: As cianobatérias têm a habilidade de produzir toxinas altamente potentes. Há quatro tipos comuns de toxinas:
As toxinas produzidas pelas cianobactérias podem permanecer na água por semanas após o desaparecimento das algas. Portanto, podem envenenar humanos e animais, mesmo após eliminação das algas do ecossistema. Mortes de bovinos são bastante observadas devido à contaminação por cianotoxinas. Para a fauna aquática, a tendência é que as toxinas se acumulem no tecido dos organismos, como de peixes e crustáceos. Conseqüentemente, isto coloca em risco à saúde humana.
Cianotoxinas não podem ser destruídas através da fervura da água. No ambiente aquático, elas são degradadas naturalmente por microorganismos. Porém, o tempo de degradação depende da meia vida de cada toxina e da quantidade e qualidade de biodegradadores presentes no corpo aquático.
Redução de oxigênio dissolvido: as florações são responsáveis por consumir muito do oxigênio produzido no sistema, particularmente à noite ou com clima nublado, quando não ocorre fotossíntese. Quando as algas alcançam a fase avançada de crescimento, elas florescem por um período e então morrem. Posteriormente, a decomposição das algas causa a depleção drástica do oxigênio na coluna da água, causando a morte de peixes.
Problemas de Sabor & Odor: as florações causam sabor alterado e mau cheiro à água devido a produção de compostos como geosmina (GSM) e 2 metilisoborneol (MIB). Na atualidade, esses aspectos possuem grande importância para estações de tratamento da água, pois a remoção dos compostos MIB e GSM implica alto custo operacional.
Entupimento dos Filtros: as florações causam o entupimento de filtros de bombas hidráulicas, afetando também o maquinário utilizado em sistemas de tratamento da água.
Flutuação de pH: as florações causam grandes flutuações diárias de pH. Isso se deve aos processos de respiração e fotossíntese das algas que produzem CO2 (ácido) na respiração, e OH (básico), na fotossíntese.
Perda econômica: Eventos de florações de cianobactérias, além de oferecerem risco à saúde de animais e humanos, alteram a estética do ambiente, prejudicando a recreação e turismo e aumentando também os custos operacionais para o tratamento da água.