Eco-Toxicidade e Toxicologia
Phoslock não é tóxico à organismos aquáticos
Desde o desenvolvimento do PHOSLOCK®, o produto foi testado quanto a sua toxicidade crônica e aguda em vários organismos aquáticos bioindicadores e recebeu aprovação para produção do NICNAS (National Industrial Chemicals Notification and Assessment Scheme) em 2001, na Austrália.
Testes de ecotoxicidade e análises de risco ambiental também foram conduzidos para assegurar que as propriedades de Phoslock e aplicações nas doses propostas são seguras em ecossistemas aquáticos naturais (Moore, 2007). Diversas organizações conduziram testes para avaliar a ecotoxicidade de Phoslock® em um amplo espectro de organismos aquáticos. Para todos, foram utilizados os critérios de ecotoxicidade da Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency-EPA) dos Estados Unidos.
Ensaios de toxicidade aguda e crônica de lantânio (na forma de cloreto de lantânio- LaCl3) e com o produto PHOSLOCK® ® foram realizados com organismos sensíveis, como:
- Grupos de algas (clorofíceas e diatomáceas), espécies de peixes (juvenis e adultos)
- Camarão de água-doce
- Organismos bentônicos (anfípodas) e macroinvertebrados das ordens ephemeroptera e chironomidae
Os testes comprovam que a aplicação de PHOSLOCK® ® na dose recomendada (100:1) não exerce efeito ecotóxico, inclusive em doses elevadíssimas como 13600 mg/L (milhares de vezes acima da dose recomendada).
Os relatórios de ensaios de eco-toxicidade realizados com as principais espécies bioindicadoras estão disponíveis para download na nossa página de PUBLICAÇÕES. Outras informações podem ser obtidas nas referências a seguir:
- NICNAS Public Report, 2001;
- Clearwater, 2004;
- Martin & Hickey, 2004;
- Ecotox report, 2006 a, b;
- Uniquest report, 2006 & 2007;
- ECOTOX report, 2008;
- Watson-Leung, 2008;
- Lurling et al., 2008;
- Lurling & Tolman, 2010.
Phoslock não é tóxico à seres humanos (Toxicologia)
O produto Phoslock® consiste de bentonita (argila) e lantânio. A bentonita pertence a um grupo de argilas formado pela cristalização de cinzas vulcânicas vitrosas. A bentônita não é tóxica a humanos e ao meio ambiente. A toxicidade aguda via oral da bentonita em humanos é muito baixa (LD50>15 g/kg) (HSDB, 2000).
A bentonita possui vários usos comerciais, sendo inclusive aprovada como suplemento alimentar na Austrália (NICNAS, 2001).
O lantânio (La+3) não é influenciado por reações redox (como o alumínio – Al3+) e, quando ligado ionicamente com ortofosfato (PO4–3), forma o composto insolúvel LaPO4 (Rabdofânio). Lantânio e sais de lantânio não estão classificados na Lista de Substâncias Perigosas da NOHSC (1999a) de acordo com o Critério Aprovado para Classificação de Substâncias Perigosas (NOHSC, 1999b).
Ao contrário da toxicidade de outros metais como alumínio, utilizados no tratamento de água, o lantânio tem usos benéficos para o ser humano. O carbonato de lantânio é utilizado como remédio (Fosrenol®, http://www.fosrenol.com) para tratar pacientes com deficiência crônica em eliminar fósforo do organismo (hiper-fosfatemia). Como o lantânio não é cumulativo no organismo, os fosfatos são excretados após complexados pelo medicamento (Persy et al., 2006). 0.00080%), respectivamente. Durante a administração de carbonato de lantânio, a maior fração do composto é excretada nas fezes. Os rins não estão significativamente envolvidos na eliminação de lantânio, tendo como principal via de excreção o fígado através da bile (DAMMENT & PENNICK, 2007).
Estudos clínicos (Das et al., 1988) concluíram que o lantânio não exerce efeitos hepatotóxicos. Não há observações de acúmulo de lantânio nos ossos. Estudos também demonstraram que o lantânio não é genotóxico e há evidências de que o elemento não atravessa a barreira entre sangue e cérebro (Damment & Pennick, 2007). Em suma, com base nos estudos clínicos, assegura-se que o produto Phoslock não oferece riscos à saúde humana, podendo ser utilizado em reservatórios para abastecimento público.